Existe o risco de limitarmos nosso entendimento sobre a cibercultura ao desumanizar o humano e/ou humanizar o tecnológico. As transformações impulsionadas pela tecnologia reconfiguram as relações sociais, a forma de ocupação do espaço, a pragmática da comunicação, a economia, o consumo, os mecanismos sociais de controle, a arte, a política, o trabalho, o lazer, o constructo cultural do corpo. Mas não podemos pensar a tecnologia como uma entidade dissociada, autônoma e poderosa a redesenhar o mundo em que vivemos. É possível, e no meu entendimento, necessário, pensarmos a tecnologia em sua dimensão social e o mundo digital como cenário de ação atrelado à vida cotidiana.
Para isso precisamos responder a uma pergunta feita pelo professor Theophilos Rifiotis, coordenador do GrupCiber, Grupo de Pesquisa em Ciberantropologia do Programa de Pós-graduação
Tanto se fala do Second Life e das suas fantásticas e promissoras perspectivas econômicas, sociais, educacionais... Mas não sabemos ao certo como as pessoas estão usando essa plataforma e o que esse uso representa pra elas. O Second Life e outros ciberespaços não são uma cisão com o mundo que conhecemos, mas sim dimensões da vida social contemporânea.
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